“O ringue está preparado, o público ao rubro aclama o seu
favorito, o ambiente está em brasa e só faltam os dois combatentes deste duelo
imponente e aguardado há muito. Nunca tantas senhoras estiveram nas bancadas.
Não vamos perder mais tempo. Vamos chamar os protagonistas desta luta: de um
lado, o cavalheirismo e do outro, o cavalheirismo de trazer por casa… quem se
sagrará vencedor?”
Bom dia caros leitores! Descansem esses pensamentos maratonistas
porque não andei a assistir a combates de wrestling…
até porque quando isso surgiu eu já estava no auge da minha louca adolescência
(está velha a cachopa!).
Passando para o que realmente me trouxe aqui, concentrem-se,
arregalem os olhos porque hoje vamos falar de cavalheirismo! Convém, desde já,
dissociar o cavalheirismo do romantismo, senão ainda vos provoco uma overdose de amor com dois posts seguidos relacionados com o tema.
Para mim, houve uma evolução inversamente proporcional da importância
da mulher na sociedade e do cavalheirismo. Com o assumir, por parte das “miúdas”,
de papéis de maior relevância, com o número crescente de mulheres instruídas e
igualmente preparadas para o mercado de trabalho, com a partilha de tarefas (que
se ainda não é uma realidade em todas as casas, meninas imponham-se) e com as “calças”
acessíveis a ambos os sexos, os senhores (pronto, alguns) acharam que, para
combater a revolução das mini-saias, deixar o cavalheirismo para trás seria uma
boa ideia. Claro que, se os questionarmos sobre o facto, muitos dirão “sim, não
há ninguém mais cavalheiro do que eu” mas se observados macroscopicamente são o
que eu chamo “cavalheirismo de trazer por casa”, ou seja, se existe é apenas
nas suas cabeças. Se eu gosto que me abram a porta do carro? Adoro. E que
permitam que eu entre antes deles? Isso então nem vou falar. E que me vão por a
casa e esperem que eu entre? Uma maravilha. Cederem o casaco quando está muito frio? Nota vinte. E nem me venham dizer que os
pequenos-almoços na cama e o estender a roupa em vez de mim não entram no
cavalheirismo… podem ser "arraçados" mas entram! Já o pagarem a conta é um caso diferente... se nós somos "super-mulheres" em tantas coisas, na hora de pagar é para abrir a carteira cor-de-rosa e contribuir!
Vá lá, "homens de barba rija e pêlos no peito" e todos os outros também… está-se mesmo a ver que o cavalheirismo vence
sempre!
(leitores homens:
trata-se de uma generalização… vocês podem ser o puré ou os legumes, mas eu
estou a falar de sopa)
MJ.
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