22 de dezembro de 2011

Duelo de Titãs


“O ringue está preparado, o público ao rubro aclama o seu favorito, o ambiente está em brasa e só faltam os dois combatentes deste duelo imponente e aguardado há muito. Nunca tantas senhoras estiveram nas bancadas. Não vamos perder mais tempo. Vamos chamar os protagonistas desta luta: de um lado, o cavalheirismo e do outro, o cavalheirismo de trazer por casa… quem se sagrará vencedor?”


Bom dia caros leitores! Descansem esses pensamentos maratonistas porque não andei a assistir a combates de wrestling… até porque quando isso surgiu eu já estava no auge da minha louca adolescência (está velha a cachopa!).

Passando para o que realmente me trouxe aqui, concentrem-se, arregalem os olhos porque hoje vamos falar de cavalheirismo! Convém, desde já, dissociar o cavalheirismo do romantismo, senão ainda vos provoco uma overdose de amor com dois posts seguidos relacionados com o tema.

Para mim, houve uma evolução inversamente proporcional da importância da mulher na sociedade e do cavalheirismo. Com o assumir, por parte das “miúdas”, de papéis de maior relevância, com o número crescente de mulheres instruídas e igualmente preparadas para o mercado de trabalho, com a partilha de tarefas (que se ainda não é uma realidade em todas as casas, meninas imponham-se) e com as “calças” acessíveis a ambos os sexos, os senhores (pronto, alguns) acharam que, para combater a revolução das mini-saias, deixar o cavalheirismo para trás seria uma boa ideia. Claro que, se os questionarmos sobre o facto, muitos dirão “sim, não há ninguém mais cavalheiro do que eu” mas se observados macroscopicamente são o que eu chamo “cavalheirismo de trazer por casa”, ou seja, se existe é apenas nas suas cabeças. Se eu gosto que me abram a porta do carro? Adoro. E que permitam que eu entre antes deles? Isso então nem vou falar. E que me vão por a casa e esperem que eu entre? Uma maravilha. Cederem o casaco quando está muito frio? Nota vinte. E nem me venham dizer que os pequenos-almoços na cama e o estender a roupa em vez de mim não entram no cavalheirismo… podem ser "arraçados" mas entram! Já o pagarem a conta é um caso diferente... se nós somos "super-mulheres" em tantas coisas, na hora de pagar é para abrir a carteira cor-de-rosa e contribuir!




Vá lá, "homens de barba rija e pêlos no peito" e todos os outros também… está-se mesmo a ver que o cavalheirismo vence sempre!

 (leitores homens: trata-se de uma generalização… vocês podem ser o puré ou os legumes, mas eu estou a falar de sopa)

MJ.

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