31 de janeiro de 2012

Deixem jogar o Djaló!

Eu não sou uma miúda particularmente interessada pelo futebol e até me abespinha um bocadinho todo o dinheiro que gira à volta do dito desporto rei (ai, até se me dá um aperto no coração quando penso nas coisinhas maravilhosas que podíamos ter feito e construído com os balúrdios gastos nos estádios há uns anos). Depois há também a dicotomia quem joga vs quem assiste. É que só desporto para quem o pratica… quem o vê, pois a cerveja e os tremoços não contam! E antes que pensem “mas quem é esta andorinha para mandar bitaites sobre o assunto?”, fiquem a saber eu tenho um doutoramento observacional (praticar… pois, mal acerto na bola!). É que o meu querido progenitor é (pasmem as alminhas sedentárias): jogador, treinador (e director de marketing e comunicação) e ainda vê uns jogos.
Bem, mas prosseguindo… a menina, escolheu o seu clube na infância, para contrariar o paizinho (benfiquista ferranho) e o avô materno (sportinguista de alma e coração), e desde então manteve-se leal ao majestoso Futebol Clube do Porto. Agora que não posso propriamente falar das suas vitórias (e devo dizer que a derrota do último domingo foi motivo de “achincalho” lá pelas urgências), tenho de falar na magnífica contratação desse clube que só tem uma coisa boa: o estádio ser em frente ao Colombo. Então contrataram o pai da Lyonce Viiktória (admito que fui ao Google para escrever o nome da criança)?

 

Tenho para mim que Luciana Abreu, para além das cantorias, é vidente nas horas vagas… então não é que o segundo nome da cachopita é igual ao da passaroco que voa lá no estádio? Acho muito bem esta contratação… não sei se o Djaló e a sua crista impecável têm um bom desempenho futebolístico, mas manter esta família em Portugal vai de certo trazer momentos muito divertidos ao país e novas expressões com propagação fugaz, à semelhança do "nossa... que biolência"!


MJ.

30 de janeiro de 2012

A felicidade vem de dentro... da minha casa!

Estão a ver aquelas velhinhas amorosas que se queixam sempre do “reumático” e das pernas? Já não me falta tudo para lá chegar. Ontem a menina esteve nas urgências tantas horas quantos os dedos das mãos e dos pés… somados! Foi um dia repleto, a menina fartou-se fazer coisas (suturas e suturas…) e saiu do hospital muito contente (a chamada felicidade que vem de dentro... do hospital) mas com as pernas feitas num oito. Dormi um par de horas e apanhei o comboio, em versão “zombie-saia-daqui-senhor-pica-que-eu-quero-dormir”, e agora já estou na cidade mais alta para colectar mimos dos papás e da mana (ah e para estudar). Sedenta de ser menina dos papás por uma semana, deixo-vos com esta publicidade do IKEA que eu acho que está bem conseguida, não só pelo conceito e pela miúda loirinha amorosa mas também pela banda sonora (cantada por Rita Braga)... e verdade, verdadinha, acenta que nem luva na "MJ-estar-em-casa-é-mesmo-bom" que hoje escreve.



MJ.

28 de janeiro de 2012

Riscos!

Os meus vinte e um aninhos vão parecer setenta nas próximas frases. Eu sou do tempo de uma série maravilhosa, que marcou presença na minha pré-adolescência (eu era mesmo uma cachopita) e que dava vinte a zero aos "Morangos com Açúcar". Foi a dita série que me mostrou algumas coisas pela primeira vez: sida, droga, sexo, namoricos, gravidez na adolescência e dezenas de outros temas. E eu adorava. Além disso, lembro-me perfeitamente, tinha uma personagem com o meu nome e era a actriz Paula Neves que a desempenhava. Não sei muito bem como me lembrei do assunto, mas prontamente "googalizei" a coisa e percebi que:

- está avaliada no imdb (7,5!)
- há um grupo no facebook com o nome "queremos novamente a série Riscos no ar"
- há episódios no youtube (esta-se mesmo a ver para onde vai o meu estudo de hoje à noite!)
- forúns sobre a série? Imensos!

Pronto, estou uma velha feita. Deixo-vos com o genérico... mais alguém via esta relíquia? (aquele som entre, as cenas e no início dos episódios... não dá para esquecer!)



MJ.

Uma aventura nocturna com… MJ e C. !

Depois das fantásticas pizzas confeccionadas ontem, achámos que o remate perfeito seria um filme acompanhado por umas pipocas açucaradas. Acabámos por ver o filme “Drive” que estava bem cotado. É daqueles filmes em que, se uma pessoa for à casa-de-banho no meio, não perde nada porque até que aconteça alguma coisa somos brindados com 5 minutos de música e vários planos do actor principal… coisa que nós nem nos importámos muito porque o moço é giro que se farta! Confesso que este tipo de filme me deixa ansiosa e me dá vontade de "puxar para a frente" as partes em que nada acontece. Mais um bocadinho e eu já conseguia dizer o número de pestanas que o dito actor tinha! Relativamente às pipocas… eu e a C. virámos uma taça cheia delas e o meu edredon ficou com o açúcar.


No final do filme decidimos sacudir o edredon em hiperglicemia e… papumpum: um estrondo. O verdadeiro filme estava prestes a começar! A C. prontamente me informou que tinha o telemóvel no bolso… já eu, tinha atirado com o telemóvel para o quintal da vizinha! Na minha cabeça só pairava uma coisa: “telemovelzinho lindo e maravilhoso desculpa e aguenta-te que a mamã vai fazer tudo para te resgatar”. Lá fui eu e a C., munidas de pijama e pantufas, acordar a vizinha, que prontamente nos informou que não conseguia aceder ao quintal no Inverno porque a porta empenava. Já estava a ver a minha vida a andar para trás quando ela sugere que tentássemos saltar pelo prédio da frente, “bastando” para isso acordarmos o guarda-nocturno da dita habitação. Lá fomos nós. Aparece-nos um senhor que, depois de se partir a rir nas nossas caras, nos leva, com uma lanterna, pelo dito prédio que ainda está em construção. Devo acrescentar que era uma da manhã portanto… sim, foi um pequeno filme de terror, entre latas de tinta e vassouras. Depois de trepar, saltar e sei lá mais o quê, encontrei o meu querido telemóvel no meio de um canteiro de flores, sem um único risquinho. Até aposto que se fosse um i-phone ou uma coisa toda xpto não sobrevivia! É por estas e por outras que a minha mãe, sábia como sempre, me diz para pôr “amor e carinho” em tudo… mas aqui a menina é um despiste, um caso perdido!
Deixo-vos uma das músicas do primeiro filme. A banda sonora estava à altura... da beleza do actor principal!




MJ.

27 de janeiro de 2012

"La pizza meravigliosa"

Três estorninhos que não foram de fim-de-semana e têm saudades das comidinhas das mamãs só podem criar coisas boas. Decidimos arregaçar as mangas e transformar a nossa cozinha numa “cucina italiana” e o resultado foi maravilhoso. Aqui têm umas imagens a comprovar. São servidos?






Não contentes com as calorias ingeridas a C. já passeia os saquinhos aspirantes a pipocas que vai pôr no microondas. (eu nem sabia da existência de tal coisa)

MJ.

7 ofícios e muitos vícios!

Ontem foi dia de exame de cirurgia. Resultados: MJ 1- 0 Cirurgia. Já me estava a preparar para ver o Egas Moniz pelas costas quando sou informada que estou de banco no Domingo. Inspira, expira… Cirurgia eu gosto de ti, mas quando estás tu e a Guarda em causa (a família, os miminhos, e as comidinhas e tudo o que mais para lá existe), eu bem que tenho de fazer uns exercícios de relaxamento para me mentalizar que tenho de ficar aqui mais uns dias. E logo hoje que ia ao teatro!

Entretanto, lá me convenceram a ir à apresentação de um livro que resulta da parceria da nossa faculdade com o Hospital CUF- Infante Santo na área da otorrinolaringologia. Para quem não conhece a minha faculdade, o edifício tem locais, como a “Sala dos Actos”, onde ocorreu a apresentação, que são absolutamente magníficos.
 

Agora imaginem o dito espaço repleto de médicas e esposas de médicos impecavelmente vestidas… uns regalos para os olhos! E, pasmem porque eu também fiquei de boca aberta, o general Ramalho Eanes e a sua adorável esposa. Ainda pus os olhos no estilista português Augustus (mas não faço ideia o motivo da sua presença). Depois das “delícias” visuais, o serviço de catering já nem conseguiu ser bem apreciado… mentira! Comi imensas coisinhas apetitosas!

Não fosse eu ter atacado nos “comes e bebes” da apresentação e queria ver como aguentava o rol de horas que nos estivemos a preparar até ao jantar. Era vestidos para um lado, maquilhagem para o outro… mulheres! Entretanto jantámos, fomos para a borga e hoje passei o dia na cama enrolada em 500 mantas e a adormecer de 5 em 5 minutos, ainda que a minha noite não tenha sido grande coisa porque o espírito não estava lá. Se a preguiça é a mãe de todos os vícios... está aqui uma coisa esperta! O estudo de ginecologia está adiado até que um resquício de vontade de estudar apareça por aqui. Só tenho uma coisa a acrescentar:


Obrigado C.! Se não fosses tu a "levantar a moral"!

MJ.

25 de janeiro de 2012

"Borboletas na barriga"

Esta expressão dos animais voadores colocados algures na cavidade abdominal é muitas vezes aplicada nos filmes dos sábados à tarde, ou seja, em romances e comédias românticas. Eu, sempre que estive apaixonada, nunca dei pela presença deles. Já quando vou ter um exame... parece que soltaram um milhão e que me estão a comer um rim! Não param quietas, as sacaninhas! Bem, vamos ver se com uma musiquinha acalmam. Eu não costumo ser fã de covers, mas os deste rapaz até que me convencem! Durmam bem, caros leitores*


(especialmente para a M. e as suas borboletas)

MJ.

Bater com a cabeça nas paredes!

Eu sou uma pessoa organizada. Dizem que é uma coisa de família. Assim, quando me metem na cabeça (e eu escrevo na agenda) que tenho banco na quarta-feira, coisa que na altura até posso nem achar muita piada por ter exame no dia seguinte, eu organizo-me para que tal aconteça. Se entretanto recebo um telefonema a dizer que não há urgências coisa nenhuma, pois é coisa para me fazer trepar paredes. Após o tal telefonema, fui obrigada a chamar auxílio. Tive de convencer a C. que, se não me tirasse de casa hoje de manhã, eu podia não sobreviver e a casa também não, tais seriam as pancadas que daria nas paredes! Passar mais uma manhã, entre quatro paredes, com a cirurgia… não ia mesmo dar bom resultado. Assim, decidimos aproveitar a manhã para apanhar sol e ver umas montras. Uma manhã só de meninas!


 Decidimos ir a pé… íamos a meio do caminho e eu já estava mal disposta: ainda não era meio-dia e a prostituição já se fazia notar e bem. Pessoas a pedir? Pois, parece que é de 50 em 50 metros. E não vou acabar com “é o país que temos” porque isso seria admitir que me parece natural a convivência com estas realidades. Nunca pareceu, nunca parecerá. Só temo o agravar desta situação e a escassez de medidas de combate.


(P.S.: Parabéns Z.! Melhor amiga da minha mãe e mãe da minha melhor amiga... pois, só posso gostar de ti assim bem mais que muito!)

MJ.


24 de janeiro de 2012

Eu esperei e espero e esperarei!

Caro sr. Primeiro-ministro da "ocidental praia lusitana",

Aqui a cidadã encontra-se muito apoquentada. O ideal era mesmo combinarmos um café… gosta de pasteis de Belém? Como eu sei que o senhor é uma pessoa muito organizada e com muitos afazeres, eu não lhe roubarei muito tempo. Basicamente, gostava que me esclarecesse a questão da renegociação do programa de resgaste. É que a história do “estamos óptimos e maravilhosos e vamos conseguir ultrapassar todos os nossos problemas sem pedirmos ajuda” já nos foi contada uma vez e infelizmente não terminou com o “e viveram felizes para sempre”. Já para o autor… pois, Paris não me parece mal de todo. Mas adiante, o “yes, we can” é para valer ou é só para entreter? Depois em relação à Madeira... sabe que isto de cidadãos de primeira e cidadãos de segunda é uma coisa que também não me convence! Será que amanhã teremos novidades? Tem um país inteiro, agora que acabou a “Casa dos Segredos”, de olhos postos em si! Passando do país para a cidadezinha mais alta, os egitanienses, não sei se é do ar mais puro ou do frio nos ossos, são uma gente enrijecida e motivada. Então não é que hoje se juntaram para trocarem umas opiniões sobre a sua maternidade, dada a “brilhante” ideia de a encerrar, de que muito se tem falado. Sabe que é SÓ o único bloco de partos do distrito. Acha que dá para trocarmos umas ideias sobre o assunto?
Pronto, não o aborreço mais, não vá o senhor ter uma indigestão. Ligue-me amanhã, ok? Vá, para dormir bem antes do “duelo de titãs”, aqui tem uma musiquinha. Dizem que este moço também olha para o país onde vive com olhos de ver...


Eu também olho para ele com olhos de ver... para o país e para o TB :)

MJ.

23 de janeiro de 2012

"O que dizem os teus olhos?"

MJ entrou em modo “nostalgia cirúrgica”. Pois é… o estágio de cirurgia terminou e, tirando o dia do exame, só devo voltar a entrar num hospital daqui por um mês. Talvez não seja má ideia deixarem de frequentar o blog daqui a uns dias… a menina torna-se um tanto ou quanto irritadiça quando está em ressaca hospitalar.

Entretanto, este estágio serviu para provar que a cachopa estava errada. Um dos poucos programas da televisão portuguesa que eu ainda tolero (tolero e gosto!) é o Alta Definição. Eu até acho que todos nós devíamos ter direito a uma entrevista daquelas porque todos nós fizemos coisas que merecem ser recordadas, gostamos de pessoas e de coisas e, claro, não gostamos de outras. Enfim, acho que já perceberam a ideia central: eu sou uma cusca de primeira apanha e conheço meia dúzia de pessoas que, embora não sejam famosas, dariam entrevistas que deliciariam a minha cusquice inesgotável. Em relação às ditas entrevistas havia só uma coisa que me fazia uma certa confusão e confesso que, antes dessa parte chegar, parava de ver (sim, já sei que para mim há sempre qualquer coisa que não está bem). Era concretamente a parte da pergunta “pessoa X, o que dizem os seus olhos?”. Ora, eu desconhecia essa propriedade ocular e dizia cá para comigo “olhos que falam… isto há com cada uma!”. E porque raio misturei eu o funeral do estágio de cirurgia com o dito programa das entrevistas? Pois muito bem, porque se aprendi a suturar, a lidar com traumas e afins, é também verdade que entendi a questão dos “olhos falantes”. No bloco operatório, os seres imberbes e invisíveis que são os projectos, não podem falar muito ou podem mas levam um raspanete que os põe em sentido. Dado que gestos não convêm para não contaminar nada e que estamos de máscara, sobram mesmo dois olhinhos e umas dezenas de pestanas para comunicar! Verdade seja dita, não dá para dizer muito… dá para revirar em sinal de reprovação, para indicar que vamos sair, para fazer um ar de agradecimento e admiração quando uma anestesista nos dá um Ferrero Rocher (que se torna o nosso almoço)… enfim, não é mau de todo. Contudo, escusam de dizer que os olhos dizem que “o futuro me reserva coisas boas” ou “que quero ter mais filhos” ou “que a minha carreira vai de vento em popa” porque isso também já é abusar, ok?


Quem também manda olhares que se farta é esta moçoila da fotografia que está no meu candeeiro desde que vim para a faculdade. O que dizem os olhos dela? "MJ, se um dia queres ser médica com eu, é melhor saires do blog e agarrares-te aos livros!". São umas missangas verdes que falam que se fartam! Para a pessoa que me ofereceu tenho apenas uma coisa a dizer, para além do obrigado: Z., na próxima vez que me ofereceres uma bonequinha, ela pode vir um sistema de esbofeteamento integrado? Isto só com ameaças já não vai lá.

MJ.

22 de janeiro de 2012

Fim do fim-de-semana!

O fim-de-semana de clausura para estudo terminou... foi o fim-de-semana e todos os chocolates desta casa! Ainda não me casei porque o vizinho decidiu mudar os móveis de sítio, o que continua a fazer com muito afinco… digamos que estamos um bocadinho amuados neste momento (se não sabem do que estou a falar, está aqui). Entretanto, deixo-vos uma musiquinha para ouvirem antes de adormecerem, enquanto desfazem as malas, podem até experimentar trautear… ouvi dizer que é uma técnica de engate daquelas! Eu não gosto de todas as músicas deles, nem gosto todos os dias… mas hoje gosto!



MJ.

É desta que me caso!

A menos que me toque à campainha, nos próximos cinco minutos, um João Ratão com um mega lanche hipercalórico e absolutamente apetecível, eu, neste estado transitório (espero eu) de demência pós estudo de cirurgia, vou pedir o meu vizinho de cima em casamento. E porquê? O único culpado desta paixão repentina é o isolamento da minha casa. Estou aqui eu, toda contente (ok, nada contente) de volta das oclusões intestinais e o meu vizinho a falar alegremente alemão no andar de cima… ora, com o meu tecto e o chão dele pelo meio, é como se me tivesse a sussurrar ao ouvido e, ainda que não perceba patavina, acho muita piada. De vez em quando põe umas musiquinhas alemãs e põe-se a trautear alegremente (eu já quase que trauteio também!). Ah, e esqueci-me de referir, numa noite desta semana não programei despertador por esquecimento e (reparem-me bem nesta sintonia) não é que ele me acordou? Pronto, ainda não estamos muito coordenados no que toca à hora de adormecer e ele de vez em quando deita-se mais tarde do que eu gostaria mas… também não podia ser perfeito! Temos um outro problemazinho… eu não sei quem ele é. No outro dia cruzei-me com um ser nas escadas que me disse “Bo dias” e eu espero que não seja ele porque nesse caso estou queimada e já não há casamento de certeza! É que a MJ e o seu mp3 juntos são um pequeno perigo… lá ia eu a cantar alegremente, pois então (e não posso prometer que não dancei também... ainda são muitos degraus)! Ai, que já não convido a Merkel para madrinha!



Posto isto, só acrescentar uma coisinha: folgo em saber que o encontro entre o nosso Primeiro-ministro, sempre todo janota, e o “rei” da Madeira, sempre uma anedota, ocorrerá na próxima quarta-feira. E porquê? Não é por achar que ali vão ocorrer grandes puxões de orelhas (Passos, querido… toma um xanax antes!) mas porque acredito que podem muito bem resultar feridos, traumatismos, amolgadelas daquele encontro e eu… estou de banco!

MJ.

21 de janeiro de 2012

Era um nome completo, se faz favor!

Entre as mil e uma imagens que agora enchem o meu facebook com as roupas, e a decoração dos quartos, e as viagens, e os filmes e tudo e mais alguma coisa que corresponde a cada signo (dá para inventarem outra macacada qualquer? Ao meu signo supostamente corresponde o filme “Dear John”… vi-o com a A. e a I. e no final quase tive um AVC só de pensar no tempo que tinha acabado de perder!)… ok, continuando, então entre as mil e uma imagens, lá fui lendo umas quantas opiniões sobre o recém inaugurado Hospital Beatriz Ângelo. Estou pronta para “descarregar” a minha.

Antes de mais, acho que foi uma belíssima ideia atribuir tal designação ao hospital porque:
1º é uma senhora;
2º a senhora é da Guarda (e estudou lá até entrar na faculdade, em Lisboa);
3º a senhora é da Guarda e foi a primeira mulher a votar
4º a senhora é da Guarda e foi a primeira mulher a votar e não só era médica como foi a primeira mulher a realizar uma cirurgia.

Ai, ai… conheço alguém que tem pelo menos 4 coisinhas em comum com esta senhora e que um dia destes longínquo, é certo, terá uma quinta!

Enfim, acho que é muito bom e muito bonito o dito hospital honrar esta senhora e eu estaria aos pulos de alegria não fosse o facto de, minhas alminhas que parece que têm alfacinhas no lugar do cérebro, a senhora se chamar CAROLINA Beatriz Ângelo. Não sei se foi para economizar (podiam ter posto “Bia” já agora), ou se não gostam do primeiro nome da senhora, mas tenho para mim que alguém deve ter dado umas voltas no túmulo quando soube (e só se deve ter acalmado por saber que na sua terra natal as pessoas não têm lapsos de memória e já existia uma escola com o nome devidamente completo, como alías deve ser). Aviso já que se algum dia este pequeno projecto for digno de ter o nome em algum lado (que pode mesmo ser à entrada de um gabinete) estão todos proibidos de lhe amputar o primeiro nome… dra. João Nuno Lopes, onde é que já se viu, até me confundem os doentes!





Ai, já estava a imaginar as criancinhas da pediatria a cantarem “A saia da Carolina, tem um lagarto pintado, sim Carolina ó-i-ó-ai, sim Carolina ó-ai-meu-bem!”…

MJ.

20 de janeiro de 2012

"O que à memória me veio"

Liguei há uns minutos à minha mãezinha que me disse "MJ, minha filhinha maravilhosa e adorada"...pronto, está bem, não disse que eu era maravilhosa nem adorada mas estava implícito... continuando, "MJ, dá-me um segundo porque estou a terminar o capuccino". Eu, uma moça com uma capacidade de visualização extensa, comecei logo a imaginar os queridos papás, recostadinhos no sofá, a saborear os capuccinos (isto escreve-se assim?)... sem mim lá no meio, enrolada numa manta, a melgar. Vai na volta, lembrei-me de uma música que marcou muitas manhãs de sábado da minha vida, na dita casa onde agora se deve estar a ver um filme e a comer chocolate (comam só o negro!). Aqui têm:




MJ.

Não deixes para amanhã... se podes embirrar hoje!

Se há coisa que eu aprecio é uma boa birra. Eu própria faço as minhas birras, normalmente coisas do género “esta semana não volto para Lisboa. Apetece-me ficar aqui e por isso vou ficar”. Claro que a tentativa de “MJ- a miúda rebelde” acaba quando a minha irmãzinha revira os olhos e diz: “ó mana, cresce!”. Clarifico desde já que a querida irmã (já) tem 16 anos… normalmente quando falo nela (“sim, vou de fim-de-semana muitas vezes, mas também com uma irmã pequena tem de ser”) toda a gente fica a achar que lá em casa há um recém-nascido! Por falar nela, M. I. é também autora de umas boas birras relacionadas normalmente com as saídas à noite e as horas de regressar a casa. Bem, mas prosseguindo… miúdos que esperneiam no supermercado, crianças que choram desenfreadamente na tentativa de obter uma guloseima e todas as pessoas que fazem, fizeram, farão birras, não se esforcem. Sim, não vale a pena gritarem mais alto, fazerem beicinho, “prenderem o burro” porque está encontrado o vencedor para o óscar “A melhor birra de todos os tempos”. Muitos parabéns Sporting! Tinham um cartaz todo cheio de homens de barba rija e pêlos no peito, tatuados, musculados, a entoarem gritos de guerra, com tochas e com uma cara tapada lá pelo meio… ah e tal, o cartaz não apela ao fair play e incita a violência entre claques. E o que é que os meninos fazem? Tirar outra fotografia relacionada com o desporto era demasiado banal. Toca de pôr campos de malmequeres e girassóis, com borboletas esvoaçantes... gostaste UEFA? Toma lá que já almoçaste!


MJ.

19 de janeiro de 2012

Fazer omoletes... com ovos kinder!


Curto desabafo:
Lisboa não é mais uma cidade portuguesa… desculpem lá mas isto é África com uns grauzinhos a menos. Para que é que eu comprei umas galochas no início daquilo a que chamava Inverno? Devia ter comprado umas havaianas. Nos saldos do ano passado comprei um guarda-chuva… ali está ele, guardadinho a apanhar pó. Eu não adoro chuva… mas esta mulher “da serra” está com uma insolação progressiva. Isto afecta-me tanto que já entro em “transe lisboeta”, a usar cachecóis e luvas com 15 graus! Se eu comprar um frasco de “ar da Guarda” e o abrir na capital, há alguma possibilidade do São Pedro se confundir e “mandar” chuva, granizo, neve… qualquer coisa?
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Respirando fundo, devo dizer que esta “MJ altamente irritada com a meteorologia” só aconteceu porque a bateria do meu mp3 morreu (só foi carregada 10min hoje de manhã) e eu sem música no caminho para casa sou tipo o Passos Coelho sem os seus óculos altamente estilosos ou sem a gravata pensada ao pormenor ou sem a sua voz “eu sou um primeiro-ministro altamente sensual”… ou seja, não sou eu. Eu retenho momentos e pessoas e anos pelas músicas que ouvi (e é um óptimo auxiliar de memória para alguém como eu… a minha memória é tão selectiva que chega a dar-me pena!).

E rapidamente passamos para a música que eu quero que marque o momento que se vai seguir: “Quem não arrisca… às vezes petisca”, coisinha mais linda da mamã, atinge hoje 5 000 visualizações!
Para assinalar este momento achei por bem postar algo que se enquadrasse bem. MJ é um projecto de médico com a mania que pode ter blog e ainda por cima escrever nele (uma maluca!). Os Outfilters são três projectos (um de médico e dois de engenharia) que se juntaram para… agruparem e recriarem música de forma espectacular. Eu consigo ficar muito chateada numa discoteca quando pegam em algo que eu gosto e cortam, colam, mudam e… estragam! Com os Outfilters há colar, cortar… de forma criativa, com músicas que eu gosto e sem ser o “pum, pum, pum” do costume. Cativam pela diferença, fazem escolhas acertadas e fazem-me abanar o capacete! Ao grupo, os meus parabéns e desculpem se disse alguma coisa incorrecta mas aqui a menina no mundo dos “mix” é um perigo. Aos leitores maravilhosos que por aqui passam… OBRIGADO e espero que gostem (carregar no link e dançar...muito!):



MJ

18 de janeiro de 2012

Quem está mal... ou se muda ou luta!

Hoje foi dia de aproveitar a folga hospitalar e me entregar ao mundo dos calhamaços. Acordei a horas decentes, abri a persiana e, quando me preparava para ir até à varanda apanhar um choque solar e despertar de vez, dei de caras com três trolhas que contemplavam o meu pijama Hello Kitty (antes que digam "tu usas disso?", foi uma pechincha nos saldos do ano passado... H&M, tamanho 12 anos!). Continuando, fiz aquele sorriso “escavem um buraco o mais rápido que consigam para eu me lançar lá para dentro” e regressei ao quarto. Tudo estaria bem se este pequeno incidente tivesse acontecido pela primeira vez. De facto, a casa da frente está em obras há dois anos… se no ano passado era o barulho que incomodava, agora são os jovens tatuados, de cigarro ao canto da boca, sempre prontos a dizer bom dia (o terraço onde eles trabalham está estrategicamente colocado ao nível das nossas varandas solarengas). Lá para o meio da manhã, fui apanhar uma roupita e… “boa tarde”! Depois de almoço, enquanto tomava o meu cafezinho e actualizava as leituras “bloguicas”, mais um cruzamento de olhares altamente comprometedor. Farta de construção civil, nem hesitei quando a A. propôs irmos estudar fora de casa (posso muito bem ter sido eu a propor… estava baralhada com a onda “testosterónica” do outro lado do vidro). Enfim, decidimos ir para a baixa e… “CGTP, unidade sindical! CGTP”. Pois é… não eram os descontos de 70% a principal atracção mas os “gritos de guerra” de quem assiste ao descambar diário das suas carreiras, à retirada constante de regalias, a pedidos (ordens?!) atrás de pedidos (volto a escrever ordens?) de sacrifícios… que parecem não ser para todos. Eram muitos e barulhentos e carregados de razão!




Entretanto lá encontrámos um cantinho para estudar. Cirurgia, 'miga... és muito mais gira e atraente nas urgências, no bloco, na enfermaria. Nos livros... só com café com natas é que lá vais!


MJ.

17 de janeiro de 2012

"Na loja toda, o ano inteiro!"

A MJ é moça de muito (e bom) alimento... só na hora de ir ao supermercado é que a coisa fica preta. Não gosto nem um bocadinho de me passear em corredores atulhados de produtos e de pessoas e odeio carregar sacos. E nem vale a pena falarem-me em compras pela internet porque se aqui a princesa anda sempre à caça de produtos de marca branca, está-se mesmo a ver que não vai dar balúrdios para alguém trazer as comprinhas a casa por ela. Para sofrer o mínimo possível, costumo vaguear pelo supermercado com os phones nos ouvidos (é uma teoria absolutamente espectacular mas muito falível que eu tenho sobre ocupar a cabeça com música). Quando isso não acontece (tipo hoje, que a bateria do “bicho” do meu mp3 morreu) há uma certa invasão auditiva que nem sempre me deixa muito contente: "...de Janeiro a Janeiro, o preço é baixo...". O supermercado onde a cachopa vai, para além de ter uma banda sonora péssima, é recheado de contrastes, qual espelho do país. De um lado, mães de longos cabelos loiros, acabadas de sair do spa mais próximo, repreendem “suavemente” os filhos “Carlota, não aborreça o seu irmão. Martim, querido, vá lá buscar cinco maçãs encarnadas à mamã”. Do outro, mães que puxam trelas… dos filhos e os ameaçam de uma forma tão agressiva que até eu (e talvez todo o supermercado) me ponho em sentido (não estou a brincar… eu vi mesmo uma criança a ser puxada por uma trela, ligada a uma espécie de colete)!


Outro dos momentos que me consegue tirar do sério é a fila nas caixas. Eu sei que sou uma pessoa particularmente impaciente… e hoje fui aos arames. A senhora à minha frente, no alto dos seus 60 anos, colocou agilmente os produtos nos sacos. Na hora de pagar informa a senhora da caixa que não tem aquele dinheiro e que teria de tirar uma ou duas coisas. Eu já estava a preparar-me para dar uma ajudinha, porque no dito supermercado que eu frequento também há mães que atravessam a estrada para pedirem uma moeda no parque de estacionamento e depois pagam o iogurte que vão dar ao filho. A minha intenção foi por água abaixo quando a senhora começa a tirar camarões, pudins, vernizes, saladas pré-lavadas. Sim, aqueles bens de 5ª necessidade que todas as pessoas gostam e devem adquirir… quando podem! As anulações foram feitas uma a uma. Á quarta anulação, MJ e os seus nervos em franja mudaram de caixa... 


MJ.

16 de janeiro de 2012

Silêncio... que se vai dormir um bocado!

De regresso a Lisboa daqui nada... já vamos no quarto ano a "brincar" às viagens e continuo piegas como só eu! Enfim, nos meus planos está um soninho calmo e ininterrupto até à capital, portanto talvez não fosse má ideia não viajarem criancinhas (seres pouco mais pequenos do que eu, que adoro em todas as circunstâncias menos nas viagens), senhoras a gritarem ao telemóvel como se a pessoa do outro lado tivesse a 200 metros e também dispensava "Chicos espertos" com música aos berros para toda a gente ouvir... eu levo o meu mp3 velhinho mas fiel, carregadinho de música da boa, ok? Uma das que consta na playlist é da autora de uma música não para os espertos mas para o "Chico"... gostam? Confesso que no início a voz dela me parecia nasalada e quase me apetecia ligar à moça e aconselhar-lhe uns comprimidinhos e a uns sprays para a obstrução nasal. Agora já gosto Luisinha!



MJ.

M de Meninas! M de Moda!


“Ora bem, vamos lá ver se é nesta ecografia que descobrimos. Os pais querem saber o sexo do bebé? Sim? Então…É uma menina”. Cá em casa foi em dose dupla. Lacinhos, fitinhas e ganchinhos a duplicar. E enquanto assim foi não esteve mal. Eu podia dizer que as meninas cá de casa começaram a decidir o que queriam usar na adolescência, que sempre foi fácil ir às compras com elas, etc mas… estaria a mentir! E de quem é a culpa? Mãe, avós, tias… ponham os dedos no ar imediatamente! Pois é, quem é que me fez um vestidinho especial, com sapatos a condizer e tudo a que tinha direito para usar no primeiro dia de vida? E quem é que perpetuou roupinhas lindas e laçarotes na cabeça enquanto eu ainda nem andava? Ah pois é! Se eu me importo? Nada! Se a minha irmã se importa? Nada! Se o meu pai se importa? Ele prefere nem ver… ainda bem que os centros comerciais têm lojas de desporto e livrarias!

Aqui a menina já foi “dred” (com direito a camisolas enormes e calças que no fundo eram maiores que os meus pés… eu ia escrever “boca de sino” mas só se fossem os sinos de Notre Dame! ), já teve influências “punk” (sim, botas de biqueira de aço, até coloridas) e passou pelo estilo descontraído (“são umas all stars e uma t-shirt e siga”).

E agora vocês pensam “pobres paizinhos… o que eles aturaram” e eu digo “corrijam o tempo verbal… é aturam”. Pois é… cá em casa temos um ícone da moda: a minha “vintage sister”. Eu até compro uns trapinhos para ajudar porque acho que ela fica giríssima e os armários das minhas avós agradecem porque vão ficando mais vazios quando a netinha lá vai. A “filha que veste roupa antiga”, muito dona do seu nariz, pouco liga ao revirar de olhos que os progenitores lançam de vez em quando. Para além da roupa antiga, a cachopa acha que o que está a dar são discos de vinil e aí o meu paizinho já alinha e até a guia no mundo da música do “quando eu tinha a tua idade”! 

Tudo isto para dizer que eu acho que a mulher tem e deve ter três cromossomas “XXM”. Agora o que é a moda e o que é bonito, feio ou assim assim é que já uma tarefa mais complicada. Como dá para reparar na coluna aqui ao lado, eu sou daquelas moças que adora ler blogs de moda ao pequeno-almoço e hoje não foi excepção. No fim de passar revista aos sítios habituais, onde o tema era “vestidos dos globos de ouro”, os meus “fashion fusíveis” estavam em conflito. Cada uma das experts de moda que eu aprecio tinha uma opinião diferente… sobre o mesmo vestido! Em que é que ficamos, meninas? Se eu fosse uma de vocês começava assim:

Cuidado, pode provar cegueira:

1- Por ser giro de mais:


2- Por ser feio mas feio a ponto de provocar lesões:



(pois, leitores com sem cromossoma M e com um cromossoma X perneta... hoje apeteceu-me!)

MJ.

15 de janeiro de 2012

Vender a alma ao diabo, ai desculpem, ao ex-Secretário de Estado!

Caro Sr. ex-Secretário de Estado da Justiça,
(posso tratá-lo por Zézinho daqui para a frente?)

venho por este meio prestar a minha total solidariedade para consigo. É um verdadeiro ultraje o que lhe estão a fazer! Estes portugueses são uns ressabiados de primeira e não percebem nada de artes decorativas. Acho muito bem que tenha decorado o seu gabinete e as colunazinhas que por lá colocou deram um ar altivo à coisa. Foi o senhor que escolheu? Ficou um brinquinho! Posto isto, e como devo ser a única portuguesa sem cargos políticos e que não pertence à maçonaria que o defende, acho que podíamos ter uma conversinha. Eu gostava imenso de renovar a minha casa. Tinha pensado passar pelo IKEA para a coisa ficar mais em conta mas quando vi o maravilhoso trabalho low cost que fez naquele gabinete, por apenas 62 000€, pensei logo “espera aí, isto é melhor que o querido mudei a casa”. O que acha da minha proposta? O senhor é o querido e eu… ah, pois, eu não tenho é casa nem dinheiro para a remodelação. Acha que dá para darmos um jeitinho nestes pormenores? Eu aposto que há por aí uns dinheiritos dos contribuintes que podemos canalizar para este assunto. E se tiver uns símbolos da maçonaria em mente para decorar a sala ou a cozinha… eu até posso pensar nisso. Também podemos passar, numa destas tardes solarengas, pelas caves do Ministério da Justiça (ou outro qualquer). Com a quantidade de secretários de estado que por lá passaram com remodelações mirabolantes em mente, aquilo deve ser um depósito de peças decorativas. Temos negócio? 


Enquanto aguardo a sua resposta, vou continuar no meu fim-de-semana low cost na neve... estou na Guarda e já começaram a cair uns flocos. Vai na volta fica tudo branquinho, pego no trenó e vai ser uma loucura. Qual ski em Andorra, qual quê!

MJ.

14 de janeiro de 2012

O que é o jantar? Línguas de perguntador!

Para todos os que leram o post de ontem e também para os que mostraram a sua solidariedade para com a cachopa, através de comentários e mensagens, devo dizer que a menina está curada (para os que não leram... "shame on you" e vão lá num instante). Entretanto, e não vá o diabo tecê-las e eu ter uma recaída, vou continuar a recolher miminhos familiares e pô-los na reserva.
Hoje passei a manhã no comboio... para as pessoas que se cruzaram comigo, eu não sofro de nenhum distúrbio do sono e dormir 90% da viagem é, para a minha pessoa, absolutamente normal, assim como ser acordada pelo revisor! Durante a tarde, dediquei-me a uma história clínica. Aqui a menina não se importa nada de fazer milhares de perguntas às pessoas e saber tudo, desde a "unha encravada" no dedinho do pé à comichão no lóbulo da orelha, mas quando tem de a escrever é que a porca torce o rabo... passa de história a tortura clínica! (eu sei que tenho de fazer muitas e que é assim que se aprende e que quanto mais melhor e assim... mas tenho o direito de não gostar!)



Bem, tenham uma excelente noite... ai, calminha aí porque quando digo "saber tudo" refiro-me ao tudo relacionado com a saúde e a doença... é claro que não perguntamos se pertence à maçonaria ou se, no "lixo" que é Portugal, se sente lixo indiferenciado, papel/cartão, vidro ou plástico/metal. Os projectozinhos não vão tão longe!

MJ.

13 de janeiro de 2012

Licença para internar!


Hoje a MJ está "doente". Diagnóstico: "esgotamento cirúrgico"! A menina entrou no hospital por volta das 9h30m e planeava sair três ou quatro horas depois (tão parvinha que a princesa é... até levou a mala com ela convencida que ia no autocarro das 14h). "Adoeceu" porque saiu de lá agora, doze horas depois e autocarros nem vê-los. Curiosas sobre esta patologia? Manifestações clínicas: a menina está muito chata, embirrenta e pode tornar-se agressiva se ouvir falar em diários clínicos, altas, blocos operatórios e afins. Terapêutica? Um avião a jacto imediatamente para ir para o colo da mamã, para dormir com a maninha e antes de adormecer ouvir o habitual "até amanhã meu amor"!

E hoje quero esta música. E livrem-se de dizerem que não gostam porque eu hoje "mordo"! 

 

 MJ.

12 de janeiro de 2012

Suturas? Sim, venham elas! Já tabuleiros? Não, obrigado!


Ontem não houve post para ninguém porque o projecto esteve de banco, que é como quem diz, passou todo o seu santo dia e grande parte da noite nas urgências! Não sei qual é a origem da expressão “estar de banco” mas tenho a certeza que não pode ser “estar sentada, de papo para o ar sem fazer nenhum” porque aqui a querida andou a girar todo o dia!


Coisinhas giras e interessantes que se passaram por lá? A menina suturou pela primeira vez e ia tendo um enfarte no antes, durante e após o acto. No fim recebeu um elogio do assistente, o que a cachopa valorizaria imenso, não fosse o facto de estar em êxtase e mal conseguir respirar! Após isso, houve ainda tempo para o fofíssimo assistente aqui da menina lhe pregar um partida… andei basicamente a correr atrás de um doente que nem uma barata tonta e aflita e afinal era só para ele ter o seu momento cómico matinal. Shame on you! Passando o momento mais alto do meu dia, em súmula, e para além de ter visto um caso gravíssimo e ter ido ao bloco durante 30 segundos, dos quais 20 foram para vestir e despir e despir e vestir, diria que o dia de ontem foi rico em atropelamentos, acidentes de viação e pessoas que, apesar das taxas moderadoras, continuam a ir às urgências com problemas de relevância muitíssimo questionável.

Mudando de assunto mais rapidamente que um TGV (desligem os fusíveis hospitalares, respirem fundo, liguem os fusíveis das cantinas): eu não percebo como é que num mundo em que se inventa tudo e mais alguma coisa, continuamos a ter de colocar os tabuleiros de cantinas em estruturas metálicas estranhíssimas e que me metem medo. Passo os dez minutos que antecedem a colocação dos ditos tabuleiros, o que no hospital corresponde ao tempo do meu almoço, a pensar em tudo o que tenho de fazer para que, quando esse momento fatídico chegar, não estatelar um copo no chão, não acertar apenas num dos lados da estrutura, não virar a taça da sopa por me esquecer da colher no seu interior. Odeio aqueles bichos metálicos! Será que não dá para inventarem algo menos assombroso e mais prático?





MJ.

10 de janeiro de 2012

É melhor não explicar, que remediar!

Se bem se lembram, aqui o projecto continua no mundo dos bisturis e dos fios de sutura, que é como quem diz em Cirurgia. Hoje a manhã foi passada na enfermaria. Lá vou eu, toda sorridente, fazer uns testes numa doente. É claro que, antes de me pôr a "dar pancadinhas" na bochecha da senhora, achei por bem explicar-lhe que o teste ajudaria a despistar a descida dos níveis de cálcio porque, junto à tiróide que lhe tinha sido retirada, ficavam "quatro bolinhas do tamanho de ervilhas" que produziam uma hormona que o regulava e que tinham de ser preservadas. Achei eu que a doente tinha ficado toda contente e que eu tinha feito um bom trabalho. Meia hora depois, regresso ao quarto e a senhora diz-me "Doutora, não se preocupe porque está tudo bem. É que eu sinto as ervilhinhas para cima e para baixo. Passei a sentir assim que doutora saiu daqui". E é isto… se eu tivesse ficado bem caladinha não tinha de avisar os “médicos verdadeiros” que as “bolinhas para cima e para baixo” são pura ficção de uma doente assintomática mas com uma capacidade de visualização extensa. Go MJ., go!





O “projecto criador de sintomas” deixa-vos com a melhor frase do dia: “Como todos sabem, as bactérias reproduzem-se mais que a população portuguesa!”

MJ.

9 de janeiro de 2012

Sai da toca... e canta para mim!

Hoje estou bem disposta e, como quero que adormeçam tão sorridentes quanto eu, vou partilhar com vocês uma música que descobri recentemente. O novo projecto do meu querido e adorado Bettencourt, "Tiago na Toca e os Poetas", é, como ele próprio diz, "discreto, sereno, como um segredo"... não é para apenas ouvirem, é também para degustarem, para vos aconchegar a alma!





 Saborearam?

MJ.

E tudo a TDT levou…

Ora, meus caros amigos, é altura de relaxarem, de se recostarem nas cadeiras, porque a menina prepara-se para vos contar uma história:

“Era uma vez um senhor, de nacionalidade portuguesa, que estava sentado a contemplar os passarinhos que sobrevoavam o ninho, localizado numa das árvores que tinha no seu quintal. O céu estava azul, o vento penteava-lhe o cabelo grisalho e o senhor estava feliz e contente. De repente, o céu ficou preto, uma nuvem de fumo pairou sobre a árvore e o senhor disse:
- Quem és? Eu não sou um pastorinho e atrás de ti está uma cerejeira e não uma oliveira!
E da nuvem surgiu alguém que lhe disse:
- Tranquilidade… o senhor está muito tenso e o que é preciso é tranquilidade!
- Paulo Bento? És tu?
- Sim, eu sou o Bento. Paulo Bento! Também lhe podia ter calhado a Sónia Araújo ou a Leonor Poeiras, mas elas foram pregar a outras freguesias. Estou aqui, meu caro cidadão português, para lhe dizer que tem de ir comprar um descodificador rápido para continuar a ver os jogos da nossa selecção!
- Mas porquê?
- Bem, porque a Comissão Europeia quer.
- Então mas qual é a vantagem?
- A imagem vai ser melhor.
- Então mas eu sou míope e gosto da minha televisão como está!
- Pois, eu também gostava do meu penteado como estava e lá tive de mudar para o risco ao lado.
- Então e continuo a ter direito aos mesmos canais?
- Se vivesse em Espanha, com a TDT teria acesso a uma dúzia de canais para além dos que já tinha, mas como estamos em Portugal fica com os mesmos e já vai com sorte! Vá, compre lá o descodificador.
E assim foi. Depois de comprar o descodificador recebeu visitas de dezenas de vendedores que tentavam convencer as pessoas que a melhor forma de “entrarem no mundo digital” seria aderirem a essas mesmas empresas, mas ele não foi em falinhas mansas, ao contrário da vizinha do lado. Quando achava que o assunto estava resolvido, o senhor soube que a sua aldeia nem sequer teria cobertura."

Quando tiverem um tempinho, corrijam o anúncio porque a TDT não é Televisão Digital Terrestre… é Transtorno, Desorganização e Trapalhada! Ah, e já agora, também parece que não é para todos!




Não é que eu não seja a favor do progresso, só não sou a favor de mudanças que acarretam custos e que não trazem benefícios destacáveis para os utentes do serviço. Ai, e desculpem… não pude acabar a história com o habitual “e foram felizes para sempre" porque o “senhor” e a “TDT” estão a tratar do divórcio.

MJ.

8 de janeiro de 2012

O que não tem remédio... um dia terá!

Passar o fim-de-semana em Lisboa aumenta as saudades em flecha e faz com que eu passe a semana seguinte em contagem decrescente para voltar para o colinho dos papás. Os momentos que me custam mais são as refeições porque, se por um lado não tenho os petiscos da mamã, é também verdade que sinto muita falta das conversas que temos enquanto nos deliciamos com os verdadeiros manjares. Como costumamos almoçar e jantar por volta das horas dos telejornais, jornais da noite, etc. é comum termos a televisão ligada e irmos comentando o que se passa por esse país fora. Se hoje tivesse almoçado em casa sei que seriamos umas matracas porque o que não falta são notícias que dão que falar. Aqui a menina já admitiu que de economia percebe muito pouco, mantendo o desejo de aprender mais. Face a esta lacuna, perdoem-me se o que vou dizer a seguir é completamente descabido. Esta questão da agricultura e pecuária e da importação/exportação de alimentos dá-me cabo da cabeça. De facto, acho inconcebível que um produtor de leite ou de laranjas do Algarve não consiga escoar os seus produtos porque os supermercados a dois quilómetros da sua casa estão felizes e contentes com leite e laranjas da Espanha, ou da França, ou da “cochinchina”! O que é que está a falhar aqui? Como é que não conseguimos vencer os custos da importação? Como é que um país como o nosso, com um clima aparentemente favorável e com mão-de-obra “a dar com um pau” não é auto-suficiente no que concerne a bens alimentares, por exemplo? A mim parece-me que se todas as pessoas que recebem subsídios de desemprego, subsídios de reinserção social, subsídios para se levantarem da cama, subsídios para respirarem e sei lá eu mais o que, os recebessem com base na contribuição dada para a sociedade, as coisas estariam bem melhores. Não é a primeira nem a segunda vez que oiço histórias relacionadas não com a procura de emprego mas com a procura de carimbos que comprovem que estão a procurar para que se mantenha a entrega de um qualquer subsídio, mas deixemos isto para outras núpcias.



Voltando à questão da agricultura, Assunçãozinha querida, eu sei que andas ocupadíssima a alojar e desalojar pessoas, a regularizar rendas e afins (e muito bem), mas quando tiveres um tempinho, acho que não seria má ideia virares a “crista” para o lado dos agricultores porque o remédio existe, pode é dar um bocadinho que trabalho. (ou talvez eu seja uma pateta utópica, habituada aos legumes das hortas das avós e que dá meia volta quando vê tangerinas de países do "arco da velha"... sim, é também provável)




 E não faças essa cara... que eu até gosto de ti!
 
MJ.

7 de janeiro de 2012

Uma bolacha Maria por dia... nem sabe o bem que lhe fazia!

É sábado à noite portanto, contando que para muitos de vós a noite ainda mal começou, vou sugerir (ia escrevendo "cirurgir"... ai cirurgia, cirurgia, dás-me cabo do miolo!), retomando... vou sugerir uma musiquinha para as leitoras ouvirem enquanto se preparam para sair (se forem como eu é o suficiente... se forem como a globalidade das meninas deve dar para pintar um olho!) e para os leitores ouvirem enquanto quiçá esperam por elas! Vi os dois senhores que se seguem no Sudoeste, há dois verões atrás, ao pôr-do-sol... foram-me "apresentados" pela mesma pessoa que continua a literalmente alimentar a inesgotável amizade que temos do país das "xícaras" e da cachaça...



 Divirtam-se meus caros!




MJ.

Lisboa tem mais encanto... nas primeiras horas do dia!

Aqui a menina é um ser diurno. E agora os meninos pensarão "pois, tu e quase toda a gente", ao que eu respondo que eu sou mesmo mas mesmo uma adepta ferranha do dia. Passo a explicar. Esta cachopa deita-se cedo, sendo sempre a primeira das meninas cá de casa a entregar-se ao vale de lençóis. Acrescento ainda, e sentem-se agora porque como hoje não estou na urgência não quero traumatizados (brincadeirinha :P), desde que estou na faculdade, devo ter feito umas duas noitadas para estudar e atenção que para mim noitada é ficar acordada até às três da manhã (e já é pedir muito). Na verdade, por volta da meia-noite há um “fusível” que se desliga e eu entro numa inércia tal que não há forma de a reverter e se por algum motivo me descuido e me deito um pouco mais tarde, há logo por aqui quem pergunte “estás doente ou aconteceu alguma coisa?”. Verdade seja dita, a menina fica satisfeita com poucas horas de sono, desde que seja um soninho com qualidade ou desde que valha a pena (e neste campo, a I. e a D. vencem porque são doutoradas em arrastar-me para saídas mirabolantes e que vêm de braço dado com um duche fugaz a preceder as manhãs hospitalares… “vês… assim nem tens de desfazer a cama!”).




Voltando à generalidade dos meus dias, acordo sempre com as galinhas e não tenho muito apreço por manhãs passadas na cama… a excepção surge quando passo o fim-de-semana em Lisboa. Na capital, o meu quarto tem uma varanda “alimentada” por luz solar durante toda a manhã. Se a este cenário iluminado adicionarmos um episódio novo de Anatomia de Grey e uma taça de cereais… meus amigos, tenho a manhã feita!

(Meu querido progenitor, ser ainda mais inimigo dos morcegos do que eu e que tem comichões quando as suas filhas adoradas prolongam a estadia nas suas camas: esta última parte é pura ficção. Na verdade, a tua menina acordou às oito, comeu uma torradinha com doce e bebeu um sumo de laranja e foi correr durante uma hora!)

MJ.

6 de janeiro de 2012

Cartolas? Pinceis? Quero antes um bisturi!

Muito se tem falado sobre o Cirque du Soleil e uma coisa eu posso garantir após as cirurgias a que eu hoje assisti no IPO: não há truque de magia que se possa sequer comparar a alguns dos fenómenos que alguns médicos preconizam por ali. Não vou contar detalhes não vá algum não-médico, não-projecto, etc ter acabado de jantar e processar-me, antes mesmo da minha carreira começar, por má conduta e indução do vómito... mas daquelas salas do bloco saem obras de arte que fazem o Picasso "agitar o caixão". Dado o adiantar da hora, deixo-vos com a habitual musiquinha pré-belas adormecidas. Convido-vos a ouvir Isaura Santos, com uma das músicas que mais ouvi em 2011. Ela tem outros temas óptimos... este para mim é divinal!




(ficam dois cartões de parabéns adiados… A. e M. estou com a inspiração tão mas tão baixa que se a troika sabe vem cá e leva-me!)

MJ.

5 de janeiro de 2012

Isto há com cada uma!

Hoje vinha aqui apenas para dar os parabéns a uma certa e determinada pessoa mas, já que aqui estou, vou pedir a essa pessoa para aguardar um bocadinho e vou falar sobre um assunto que me apoquentou durante a maravilhosa viagem de autocarro do hospital até casa. A menina agora tem a mania que quer estar muito actualizada em termos de reportório musical e, por essa razão, aproveita as viagens para ouvir rádio. Ora hoje, qual não é o meu espanto, a locutora de rádio inicia toda uma dissertação sobre trabalho. “Meus caros ouvintes, a próxima música é para vocês que trabalharam todo o dia e que agora regressam a casa. Para os que ainda trabalham, força, eu estou solidária com vocês, pensem que deve estar quase a acabar e que além do mais é quinta-feira. E durante esta música parem, escondam-se num recanto e desfrutem-na!”. Esta ouvinte pode responder? Pode? Até vir para a faculdade vivia com duas pessoas que trabalhavam até tarde, que se dedicavam à sua profissão e que tentavam melhorar a cada dia, que eram capazes de falar sobre o dia cansativo que tiveram e contar as suas “aventuras” durante todo o jantar e que falavam disso com amor e orgulho. Todos os restantes exemplos dados por diferentes classes de trabalhadores da minha família e de diferentes áreas apontam no caminho do brio profissional. Assim sendo, eu acredito que, independentemente da profissão, e não excluo as pessoas que trabalham em algo que não gostam propriamente, é possível trabalhar e melhorar a cada dia, gostar ou aprender a gostar do que se faz e não passar a semana focado num objectivo: o fim-de-semana. Para mim as pessoas que trabalham não são mártires, não estão em sofrimento nem precisam que ninguém esteja solidário para com elas (salvo raríssimas excepções). Se eu já não achava piada a imagens a encherem o facebook sobre o facto de ser segunda ou sexta-feira, hoje foi a gota de água. Acho que o poder que os media, e esta rádio em particular, têm pode ser usado para muito mais do que a promoção da “cultura de não fazer nenhum”.
Ok... vou respirar fundo porque isto foi escrito a mil à hora! Agora coisinhas bem mais interessantes:



MJ.

4 de janeiro de 2012

A Proposta Milionária de MJ

Ontem quase que suplicava para que o dia de hoje fosse rico em cirurgias (e das boas) … e não é que foi mesmo? Normalmente somos quinze projectos a um osso (ou órgão, ou procedimento, ou qualquer coisa!) mas hoje eramos menos e a menina deliciou-se. A manhã foi preenchida com laparoscopias, ou seja, cirurgias minimamente invasivas em que são feitos uns furinhos nos doentes e se trabalha com instrumentos inseridos nestes observando-se o procedimento através de imagens emitidas num ecrã e captadas por um laparoscópio, inserido num furinho também. Pronto, já sei que os “não profissionais de sáude” vão dizer que eu pirei de vez porque não perceberam nada mas deve haver vídeos no youtube.




Eu gosto particularmente destas cirurgias porque o meu metro e meio de gente vê e percebe muita coisa, o que não acontece muitas vezes nas cirurgias abertas porque o doente está basicamente ao nível dos meus globos oculares e neste serviço não há enfermeiras simpáticas a oferecerem estrados à “doutora pequenina”(ou se há ainda não tive o prazer de me cruzar com nenhuma!). A sério que eu podia passar lá a minha vida a ver baços roxos e brilhantes, diafragmas palpitantes porque o coração não pára quieto, artérias minúsculas a pulsar como “gente grande”… era só darem-me comida (pipocas estava óptimo) e um sofá! E porque eu garanto a quem nunca viu que aquilo destrona qualquer filme com dez nomeações para os óscares, tenho uma proposta de alta envergadura a fazer…

Caros “chefões” da TVI, pelos vistos o maravilhoso programa que passava no vosso canal ao domingo à noite e sei lá mais quando, com meia dúzia de gatos-pingados ou que não podiam com um gato pelo rabo ou gatos escaldados ou outras gatarias quaisquer, terminou. Assim, se precisarem de algo para preencher o vosso horário nobre apostem em… vídeos de laparoscopias! É remédio santo contra o programa de gordinhos porque as pessoas quando virem como são realmente as gordurinhas não voltam a por um donut que seja na boca, há órgãos que são tão lindos mas tão lindos que substituem perfeitamente os eu-sou-giro-e-portanto-vou-ser-actor-embora-não-perceba-nada-disto e se pedirem muito eu apresento-vos uns cirurgiões que são a encarnação da comédia ou do drama, que provocam tremores só com o olhar ou que são mais fofinhos que um novelo de lã… há para todos os gostos! Depois falamos sobre o valor desta proposta, boa? Atenciosamente,

MJ.

3 de janeiro de 2012

Dia de Rainhas

Parece que dia 3 é dia de rainhas... só assim se justifica o aparecimento deste objecto no meu quarto, certo senhora D.?
Lá dentro estavam coisinhas maravilhosas e cheirosas e eu agradeço muito!




Hoje, minha querida, esta é para ti:




MJ.

Diz-me o que tens... dir-te-ei se percebi!

Hoje vamos voltar às coisas da saúde porque eu sei que já têm saudades de ler sobre a minha vida enquanto projecto de médico. A menina, ainda um bebé nestas lides hospitalares, tem-se deparado com um rol de situações que fazem as delícias do seu lado mais humorístico. Não estou, obviamente, a falar das “maleitas” que atacam os doentes com quem me cruzo nem dos seus problemas… trata-se da comunicação entre a “doutorazinha de catorze anos” ou “a netinha que eu gostava de ter”, como já fui apelidada, e os “meus” doentes. De facto, muitas das vezes é um verdadeiro quebra-cabeças decifrar o que nos querem transmitir. Os aparelhos genitais constituem o exemplo mais flagrante, tal é a panóplia de denominações que conseguem surgir numa conversa em que o tema é abordado. Os nomes das doenças (“diabretes”, “cancaros” e muitos outros) são também alvo de “renomeações” muito criativas.
Uma outra situação interessante é quando tentamos averiguar a causa de morte de familiares. Ao que parece, antigamente era frequente morrer por se ter o diabo no corpo ou por ter visto o diabo (ao que parece um senhor morreu de pé quando o viu) ou de desgosto.



Depois há ainda "doentes manhosos":
- "Então o Sr. bebe?"
- "Ai menina, por quem me toma... bebo às refeições"
- "Está bem. Então diga-me quantas refeições faz e o que bebe em cada uma, por favor"
- "Ora bem, um copo de vinho ao meio da manhã quando venho do campo, dois ao almoço, um bagaço com o café, dois ao lanche..."
Ia agora acabar mas lembrei-me de uns casos maravilhosos e que uma assistente que tive no ano anterior apelidava “doentes de amor”. Trata-se de pessoas que surgem no hospital com queixas variadas mas que são curadas apenas com a nossa atenção, umas festinhas nas pernas, umas auscultações meiguinhas e uma conversa calma… com amor! Enfim, um dia na enfermaria foi a cura perfeita para a nostalgia da noite de ontem… cirurgia, surpreende-me amanhã!


(antes que me "mordam", eu trato os doentes por você... mas o título ficava mais giro assim!)

MJ.

2 de janeiro de 2012

Amor platónico ou troca temporária de estação do ano

A esta hora o que se pode esperar que eu poste? Claro que é uma musiquinha para ouvirem antes de irem para o vale de lençóis. E vou continuar com música portuguesa mas desta vez do meu amor platónico... eu e este senhor teríamos um relacionamento perfeito porque sempre que eu estivesse de mau humor, sem paciência, ele me fizesse passar dos carretos, tivéssemos qualquer tipo de divergência, etc (o que não é coisa muito difícil por estes lados) bastava que cantasse para mim e passar-se-ia um fenómeno de irresistibilidade pura e inexplicável e eu ficaria feliz outra vez. Pelo menos eu gosto de pensar assim, meu querido Tiago Bettencourt!





Quanto a esta música, eu não pirei de vez e sei que estamos em pleno Inverno (estive na Guarda muitos dias a comprovar as maravilhosas temperaturas desta época) mas foram muitas as manhãs de Outono em que a ouvi, principalmente naquele efémero período cor-de-rosa da minha vida em que todos os dias via bebés e/ou mamãs felizes e contentes e/ou futuras mamãs e/ou outras coisas não tão interessantes mas que no contexto eram tão bem toleradas... nostalgias de quem esteve duas semanas sem entrar num hospital!


MJ.

Piropos para os meus ouvidos!


E para o primeiro post do ano escolhi um tema controverso: PIROPOS. Há quem goste, quem deteste, quem seja indiferente, quem os diga e quem os oiça. Aqui a menina acha um piadão aos piropos. Antes de começarem a pensar “é tão maluquinha, coitada” devo esclarecer que gosto de piropos giros e engraçados. Quanto às badalhoquices proferidas por homens sedentos de uma bela chapada naquela cara, os “eu fazia, eu acontecia, eu isto e eu aquilo”, recebem da minha parte repulsão extrema. Agora sair de casa bem cedo e ouvir alguém elogiar-nos decentemente a mim cai-me particularmente bem e até sou menina de tirar os phones dos ouvidos para que aquilo entre e ressoe. Ego em baixo? Nem por isso… no alto do meu metro e oitenta menos trinta centímetros nunca fui uma wannabe coisa nenhuma, simplesmente um piropo que me agrade leva um sorriso ou riso de retribuição. É também importante dizer que se não existissem piropos seria muito mais difícil colectar o número de nomes e adjectivos atribuíveis a uma mulher. Beleza, boneca, jóia, pérola… quem dá mais?


De regresso a Lisboa, e com a casa em obras (parece uma revolução com pó à mistura), podia-se esperar que que os ouvidos da menina (e das outras quatro ladies que por aqui vivem) tivessem tido uma overdose... os trabalhadores são imigrantes (proveniência desconhecida) e pouco falam em português e portanto também ainda não devem ter sido instruídos na arte de "piropiar".



 MJ.