10 de janeiro de 2012

É melhor não explicar, que remediar!

Se bem se lembram, aqui o projecto continua no mundo dos bisturis e dos fios de sutura, que é como quem diz em Cirurgia. Hoje a manhã foi passada na enfermaria. Lá vou eu, toda sorridente, fazer uns testes numa doente. É claro que, antes de me pôr a "dar pancadinhas" na bochecha da senhora, achei por bem explicar-lhe que o teste ajudaria a despistar a descida dos níveis de cálcio porque, junto à tiróide que lhe tinha sido retirada, ficavam "quatro bolinhas do tamanho de ervilhas" que produziam uma hormona que o regulava e que tinham de ser preservadas. Achei eu que a doente tinha ficado toda contente e que eu tinha feito um bom trabalho. Meia hora depois, regresso ao quarto e a senhora diz-me "Doutora, não se preocupe porque está tudo bem. É que eu sinto as ervilhinhas para cima e para baixo. Passei a sentir assim que doutora saiu daqui". E é isto… se eu tivesse ficado bem caladinha não tinha de avisar os “médicos verdadeiros” que as “bolinhas para cima e para baixo” são pura ficção de uma doente assintomática mas com uma capacidade de visualização extensa. Go MJ., go!





O “projecto criador de sintomas” deixa-vos com a melhor frase do dia: “Como todos sabem, as bactérias reproduzem-se mais que a população portuguesa!”

MJ.

3 comentários:

  1. A explicação e informação é a defesa do médico, e deve ser parte integrante do tratamento...Estes resultados caricatos são pelo menos sempre divertidos...lol
    Quanto a frase do dia tenho a dizer que depende do meio de cultura das referidas bactérias e dos portugueses em causa, pode ser uma afirmação falsa... :p

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  2. ahahah só tu MJ, só tu ;)*

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  3. Sérgio: eu adoro resultados caricatos e doentes quem me conseguem fazer rir que nem uma perdida. Quantos às bactérias... eram bactérias intestinais após uma perfuração, as chamadas "bichas más pré-peritoniticas"!

    Lara: bem podes dizê-lo! Uns tiram tiroides... mas só eu para pôr ervilhas em pescoços.

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