1 de fevereiro de 2012

Justo? Era pagar o pecador!

Eu já partilhei com vocês o gosto que eu tinha em alargar os meus conhecimentos relativamente a uma catrefada de áreas. Ora bem, há uma área da qual não tenho muita vontade de me aproximar: a justiça. Este ano fui “empurrada” para o emaranhado que é a cadeira de Deontologia, Bioética e Direito Médicos. Não se iludam com o nome pomposo porque a dita cadeira é um belo de um pincel. Ainda não está feita e cheira-me que a coisa não vai correr bem. Eu, a escrever sem usar metáforas e coisas que tais, e ainda por cima a citar artigos dos códigos penais e deontológicos e afins, com aquelas datas, e números, e alíneas... vai de certeza ser uma coisa digna de registo. Mas prosseguindo. Cada vez que aparece uma notícia referente à dita área, a minha boca fica ainda mais aberta do que quando falam da saúde. Eu tenho para mim que, nestas coisas das penas, elas devem ser adequadas aos crimes cometidos (obviamente!) mas também às pessoas que os cometeram. Compreendo que o sem-abrigo do Porto deva ser penalizado pelo champô e o polvo que tentou furtar. Agora, não bate a bota com a perdigota quando querem que o senhor pague 250€ (sim, eu sei que nas entrelinhas está que pode ser convertido em trabalho comunitário se comparecer no tribunal) mas eu tenho uma sugestão prática e rápida. Ouvi falar num senhor, a quem não devem faltar “abrigos” e “contos de reis”, e que não se importará que o condenado lhe crave a sua pena até porque nesse a justiça não toca. Nome? Morais, Isaltino Morais, o protagonista de uma novela judicial cujo fim deve ser tipo “Morangos com Açúcar”… eternamente adiado! Aposto que se fosse um polvo e um champô já estava no chilindró, agora como foi um pouco mais... pois, em liberdade é que ele está bem! Olhem que fotogénico ele me saiu:


E antes que ele se lembre de dizer que eu o difamei: “Ó Isaltino, filho, eu sei que tu és jurista e tens as costas quentes mas põe-te fino porque eu tenho uma advogada em formação levada da breca!”. 

MJ.

Um comentário:

  1. Eu acho que deviam condenar o sem abrigo a comer o polvo todo que tentou roubar ;)
    Quanto ao Isaltino ficou muito bem na foto, espero que esta foto seja capa de jornal nos tempos mais próximos e bem antes de acabarem os morangos com açucar, mas muita coisa tem de mudar no sistema judicial portugês...

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