7 de fevereiro de 2012

Me, myself... and P.!


(de ressaca pós exame... a autora não se responsabiliza por eventuais danos ou por partes do post que se segue parecerem tirados de panfletos de religiões esquisitas)

Eu tenho uma opinião muito sedimentada sobre a personalidade de cada um, a criação do nosso eu (pronto, admito que isto ultrapassa o limiar filosófico… pelo menos o meu!). Mas prosseguindo, aqui a cachopa gosta de pensar em crianças como taças, às quais se vão adicionando ingredientes e que, depois do forno que é a adolescência, se tornam bolos. Ok, agora acham que eu tenho um parafuso desapertado? Pois, acreditem que a outra forma de expor esta teoria envolvia doentes, médicos, agulhas, soros e afins… por isso bolos sempre é mais fofinho! Mas continuando, a meu ver há taças que terminam o processo vazias (já ouviram a expressão “cabeça oca”?), bolos com mais ou menos ingredientes, bolos light, bolos bem e mal cozidos… há gostos e pessoas para tudo. Passando directamente para a minha pessoa… pois, eu acho que neste metro e meio de gente há ingredientes até mais não. É óbvio que as pessoas que mais marcadamente inseriram o seu cunho foram os meus mais-que-tudo, ou seja, os belos dos progenitores, seguidos por outros membros da família que conseguiram deixar a sua marca… e vincada. Logo a seguir vêm os meus amigos e professores. Eu acho que o papel desempenhado pelos últimos depende (e muito) do aluno e do quanto se quer/deixa influenciar. Aqui a cachopa sempre foi um terror na sala de aula. Estão a ver os bonecos de corda? Igualzinha, faladora como só ela. E estão a imaginar aqui a menina a dar as suas opiniões? Um martírio. Este assunto dava para escrever durante horas mas, como não quero esgotar-vos a paciência, vou começar e acabar (por hoje… não perdem pela demora) por falar na primeiríssima das primeiríssimas… a minha educadora de infância. 
 

Ok, muitos de vocês não se lembram da vossa e eu, alminha detentora de uma das piores memórias que eu conheço, lembro-me porquê? Porque estamos a falar de uma senhora que marca as pedras da calçada por onde passa! Eu lembro-me das roupas que usava (eu nunca tinha visto indumentarias tão diferentes e ao mesmo tempo tão giras), lembro-me do perfume, lembro-me das brincadeiras, lembro-me da determinação, lembro-me da meiguice, dos desfiles de moda, dos concursos de música… lembro de pensar “quando for grande quero ser como a P.”. Ainda hoje, quando a vejo com as suas filhinhas (que me fazem pensar “estás aqui estás com rugas até ao umbigo" porque têm a idade que eu tinha quando conheci a P.), me apetece abraçá-la e dizer-lhe o quão importante foi para mim. A primeira coisa que me ensinou? Sê quem quiseres… mas nunca deixes de seres tu. 

E porque raio decidi eu contar-vos tal coisa? Ora bem, porque acho que raras são as vezes em que revelamos aos outros o bem que nos fazem (escrever é tão mais fácil) e, verdade seja dita, porque a P. faz anos hoje!  

MJ.

6 comentários:

  1. Há religiões mesmo esquisitas não é menina MJ? Já não há correctores ortográficos nos blogues?
    Ele pessoas tão chatas tão chatas que nem mesmo à distância nos deixam em paz!!!!!!!!!
    Bjinho

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  2. JMGM: Oh, eu escrevo tudo a correr... nem noto! Mas pfv continue a zelar pela qualidade ortográfica deste blog, caso contrário estou desgraçada! :) beijinhos e obrigado!

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  3. Concordo contigo no que diz respeito às taças e bolos...lol
    Sem dúvida que escrever torna mais fácil dizer o que muitas vezes devia ser falado e demonstrado, mas o importante é agradecer e fazer saber os nossos sentimentos enquanto estes fazem a diferença para a vida de alguém...

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  4. Sérgio: pois, essa metáfora já fez as delícias de muitos. Já não pode uma cachopa entusiasmar-se! Se fosse falado, no meu caso, dava uma "galholhice" de todo o tamanho... com a escrita dizes exactamente o que querias!

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  5. Olá, princesa! Obrigada pelos elogios à minha pessoa, pelos parabéns...
    Que memória a tua!!!
    Fiquei emocionada. Adorei as tuas palavras. Continuas maravilhosa...
    A "minha" linda Maria João, de quem tantas vezes falo, ainda hoje, às minhas filhas.
    Beijocas grandes.
    P.

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  6. P.: ainda bem que gostaste! beijinhos :)

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