30 de abril de 2012

Miscelânia de Actualizações


Dada a ausência prolongada e os múltiplos assuntos pendentes, este post será um buffet literário: leiam os tópicos que vos apetecerem!

1. Adeus Miguel Portas!
A verdade, verdadinha é que eu gostava deste senhor. Gostava de algumas intervenções, partilhava alguns pontos de vista (houve uma fase da minha vida em que eu achei que o partido que ele ajudou a fundar era mesmo, mesmo a "minha cara"). Fiquei sensibilizada com a última entrevista que ele deu (e que as televisões mostraram algumas vezes) por, apesar da doença, acreditar (ou pelo menos transmitir) que esperava uma redução da sua esperança de vida para os 60 em vez dos 90 anos. Gosto de pessoas lutadoras.


2. Sobe, sobe, dívida sobe!
A minha pessoa, que nunca lidou com milhões e tem alguma dificuldade em imaginar o que representam, de facto, tantos zeros, fica estupefacta a cada notícia que surge sobre o “buraco” lá na ilha do(s) jardim(s). Penso até, pessoas deste país responsáveis pela criação de novos vocábulos ou introdução destes no nosso dialecto, que buraco, cratera, forâmen, cavidade, etc. são designações imprecisas, que pecam porque não retractam a real magnitude da coisa, pelo que é imperativo que surja uma nova denominação para o que se passa lá no pedaço de terra no meio do oceano.

3. Onde se põe “gosto”?
Numa destas noites, sem planos e com tanta vontade de estudar como de caçar borboletas, decidi ver o filme “Intouchables”. Sem muitas expectativas (até porque eu sou esquisita que se farta com filmes) achei que ia ser uma lamechice pegada e precavi-me logo uma dose de chocolates capaz de alimentar um elefante para afogar as mágoas do tempo perdido. Então não é que o filme é très belle



4. Lisboa é linda!
Os últimos dias foram recheadinhos de passeios pela capital. Não deixo fotos de locais desconhecidos, pelo menos para quem vive em Lisboa, mas… é o que "há cá"!






MJ.

23 de abril de 2012

Em português, se faz favor!

Eu não vejo muita televisão e, devo admitir, fico-me normalmente pelas séries e noticiários. A excepção ocorre quando há programas de música tipo "Ídolos" ou "Voz de Portugal". Sempre que surge uma nova edição penso "será que ainda haverá concorrentes?". Não é por mal mas se somos dez milhões, dos quais só talvez um milhão tem idade para concorrer e desses meio já concorreu e se a taxa de natalidade desce a pico a cada ano... eu e os meus botões entramos em conflito.


Acho um piadão aos cromos, claro. E se pensam "olha-me esta, tem a mania que canta", a verdade é o oposto. Eu não canto nada mas... tenho consciência disso! Agora há uma coisa que me faz muita espécie ... como é que, quando solicitados a cantar uma ou duas músicas em português, respondem que só conhecem a que prepararam? Como é que não conseguem enumerar artistas portugueses ou dizem algo como "descobri a música portuguesa há duas semanas"? Todos temos direito a ouvir o que queremos, certo. Agora, há o gosto e o razoável e a cultura de um país... parece-me a mim, que comecei a ouvir Zeca Afonso, Rui Veloso, Xutos e Pontapés ou Jorge Palma aos domingos de manhã desde que, bem, desde que me "apareceram" dois ouvidos e que sempre fui incentivada a conhecer mais!


MJ.

Isto há com cada bisbilhoteiro!


Não há direito. Estou aqui num corrupio de indignação que só visto. Aquela maltinha das investigações é do piorio. Então decidem ir fazer buscas aperaltadas e alarmistas quando os elementos do Governo Regional da “Carpintaria” estão especialmente debilitados? Ah pois é… lá para aqueles lados houve festa rija durante o fim-de-semana, com direito a flores lindas e maravilhosas, de maneiras que está tudo em recuperação e, muito provavelmente, com uma dose de anti-histamínicos “em cima” que não é brincadeira. 


Sr. Presidente, eu aguardo ansiosamente o seu discurso de hoje à noite, a abrir tudo o que é jornal da noite. Conto consigo, com ou sem uma camoeca de sono pós-terapêutica, mas, acima de tudo, diga aquilo que tem a dizer. Cambada de desconfiados, só porque um “governozinho” contrai uma dívida de dois mil milhões de euros têm logo de vir desarrumar a “casa”, revirar tudo… manifeste-se homem! 

MJ.

22 de abril de 2012

Fácil de escolher.

Gosto desta. E é só.


MJ.

A revolução dos... "trapos" e sapatos!


Se há uns anos me perguntassem "pequena MJ, o que pensas sobre a indumentária ser adequada ao local de trabalho?”, eu prontamente responderia “Um perfeito disparate! Para o hospital irei eu, uma t-shirt e umas all stars (ainda que todas fanadas) ”. Se repetirem a pergunta hoje a resposta será, necessariamente, diferente. Se podem pensar “Olha-me esta, armada em snob!”… poder, de facto, podem, mas deixem-me explicar antes de carregarem na cruzinha do canto superior direito. Imaginem, num dia corriqueiro (daqueles com nuvenzinhas no céu, temperatura amena, passarinhos a cantar e em que, das duas uma, ou governo decide cortar aqui ou ali, ou sobe a gasolina, o gasóleo ou até mesmo ambos)… inspira, expira, volta a inspirar… estão todos no cenário? Prosseguindo… num desses dias, têm que ir ao banco negociar um empréstimo, perceber porque é que têm menos "x" na conta ou recuperar uma password perdida. Entram e aparece o vosso gestor de conta exibindo uma t-shirt da Sagres, calções de banho às florzinhas e Havaianas nos pés (a publicidade é absolutamente fundamental para tornar a coisa realista). Tratam dos vossos assuntos e dirigem-se ao café mais próximo onde, rapidamente, aparece um empregado de mesa de fato impecavelmente engomado, gravatinha e sapatinho de verniz. Na televisão surge um ministro, de fato-macaco (tipo mecânico, não literalmente de macaco, mentes terriveis!), anunciando uma medida benéfica, não se sabe bem é para quem. Porque o garçon é desastrado, entorna o chá a escaldar sobre vós, vão até ao hospital e, a enfermeira da triagem, aparece de botas de biqueira-de-aço (e atenção que eu já fui menina de usar o dito calçado), calças esburacadas e dez piercings em cada orelha. Se são menos profissionais por isto (o rapaz do café não conta)? Não. Se o seu trabalho é prejudicado pela vestimenta que ostentam? Provavelmente não. Se temos clientes, doentes, alunos, cidadãos, etc., igualmente satisfeitos, confiantes nas capacidades e prestação de serviço? Pois… a meu ver também não. (há estudos sobre a "coisa" que o confirmam!)


Agora, qual progenitor preparado para deixar o rebento fazer qualquer coisa que ele quer muito, vem o mas. Pois, está tudo muito bem e a roupita até desempenha, a meu ver, um papel importante MAS, debrucemo-nos sobre o novo regulamento, recentemente aprovado, de um certo hospital, mais particularmente na parte referente ao “Fardamento e regras de conduta dos colaboradores” onde podemos ler: “assistentes técnicos, assistentes operacionais, enfermeiros e técnicos do sexo masculino têm de usar sapatos clássicos pretos ou azuis-escuros, cinto azul-escuro ou preto (de acordo com os sapatos) e meias azuis-escuras lisas ou pretas lisas”. Não é por mim, que até gosto de coisinhas a combinar, agora, homens deste hospital, de “barba rija e pêlos no peito”, prontinhos para todas estas preocupações estéticas (já para não falar que a barba, ainda que rija, tem de estar aparada!)? Não contentes, e porque o sexo feminino tinha que estar, também, metido ao barulho:  “as meias de vidro devem ser da cor da pele (nem muito claras nem muito escuras), lisas, sem redes ou fantasias”. E, se no inverno estiver frio, podem usar um “colanzinho” de lã? No mesmo documento são também abolidos pastilhas elásticas, óculos de sol, camisas para fora das calças, calças sem cintos, sapatos com saltos superiores a quatro centímetros (será que haverá excepções… tipo pessoas com um metro e meio?) e outras coisas que tais. Certo é que se trata de um hospital gerido por uma sociedade privada. Certo é, também, que não deixa de ser um hospital público onde trabalham pessoas e não robôs! Certo é que, o dito regulamento, tem algumas medidas positivas relacionadas com as unhas femininas no que concerne à propagação de infecções. Agora, o que é que um sapatinho castanho tem a ver com o caso? Desde quando é que um “gancho de bijutaria” (seja lá o que isso for), prejudica o desempenho de alguém? Há o oito e o oitenta. Há a liberdade individual e a imposição injustificada. Há o fulcral e o ridículo.  

MJ.

21 de abril de 2012

Azeitoninhas pretas!

Basicamente, em 48h a menina dormiu 6h! Na quinta tive direito a uma companhia maravilhosa à hora de jantar e a noite foi muito... cultural! Iniciou-se com uma ida ao teatro da faculdade (impressionante o quão bons conseguem ser com 2 meses de ensaios e um orçamento reduzido) e prosseguiu com uma fantástica noite de fados. Se todos cantamos "eis a razão de eu ser doutor e ser fadista", verdade é que uns são bem mais fadistas que os outros! Depois o "after-party" é que "estragou" tudo. Com poucas horinhas de sono, lá fui eu para o banco...

Mas mais importante do que tudo isto é mesmo um pedido de desculpas à aniversariante que ontem ficou por felicitar. Não me vou alargar muito porque ainda não estou em mim… 17 anos?! A sério?
Hoje vai ser diferente e vai ser assim:

AMOR

CONFIANÇA
 


AMIZADE
  
CUMPLICIDADE

 PARABÉNS  
(sem nome porque... não consegui escolher um dos muitos que inventei!)


P.S:
I.- Ó mana conta-me tudo! Tens namorado?
MJ.- Não…
I.- Tens a certeza?
MJ.- Sim…
I.- Deixa-te andar. Vais acabar solteira e rodeada de gatos!
(MJ esbugalha os olhos)
I.- Ai mana, desculpa! Tu és alérgica a gatos!

MJ.

18 de abril de 2012

Gosto, não gosto, gosto...

Gosto quando me dizem "então em que estágio é que estás? Podes actualizar o blog decentemente?". Gosto. Então segue-se a actualização, se decente ou não fica ao vosso critério. A menina começou, na segunda-feira, Infecciologia. Feedback? Pois, ainda não há porque:

dia 1: problemas logísticos (leia-se, a secretária estava de férias);
dia 2: oito alunos para um médico porque os restantes estavam ausentes= gente a mais nas consultas= história clínica para entreter a malta (o doente era profissional de saúde, o que aparentemente seria benéfico... pois,o tempo foi passado a descortinar os vieses que ele ia introduzindo)


dia 3: a menina faltou ao estágio porque decorreu, na faculdade, o "Dia da Educação Médica". Ainda estou em stress pós-traumático... esta coisa de uma pessoa entrar num curso com determinadas condições e, num abrir e fechar de olhos, mudarem as regras do jogo tem muito que se lhe diga. Estou demasiado traumatizada para reagir e, nomeadamente, barafustar mais.

De maneiras que é assim... a minha vida anda desinteressante (ok... admito que não vou a casa há duas semanas e que isso pode contribuir). Deixo-vos com uma musiquinha daquelas que já foi mais viciante que amêndoas com canela:

MJ.

17 de abril de 2012

Mãos ao ar?!


Pacientemente aguardava que o autocarro avançasse. Lá fora o corrupio habitual, as buzinas ininterruptas e um sol de derreter qualquer mau humor excedente. O autocarro finalmente avança e… bate na viatura de trás. As cabeças síncronas dos passageiros alcançam a retaguarda. Acabara de embater na carrinha do corpo de intervenção. Quase instantaneamente, meia dúzia de homens encapuçados, de metralhadora ao ombro e farda azul, saem em uníssono. O motorista do autocarro, preocupado com o acidente, perde completamente o norte quando a carrinha avança ignorando o sucedido. Os passageiros seguem viagem tentando perceber se a azáfama do corpo de intervenção é real, se é caso para as metralhadoras que ostentam, se estão em perigo, se ainda estão a sonhar ou se a TVI gravava mais alguma novela.


Acabam por não chegar a nenhuma conclusão. 
Lisboa, 17 de Abril de 2012

Pessoalmente, gosto mais destes "police(ias)" assim logo pela manhã...

 

MJ.