Estava MJ. à beira de uma overdose de terapêutica (está lá o
“de” porque terapêutica é mesmo uma
cadeira… e daquelas!), quando constata que, depois de ter arrumado o armário,
varrido a varanda, limpo a cozinha… lhe resta ir correr. Passaram-se 5
milissegundos até poder fazer concorrência às adolescentes que se cruzaram
comigo, camarões autênticos pós diazinho refasteladas na Caparica. Ora,
encontrava-me eu quase a chegar a casa e já a ver oásis por tudo quando era sítio,
quando avisto dois cachopos e um boxer (tive que googalizar a raça do cão). Rapidamente,
procuro uma trela, uma corda, qualquer coisa que prenda o bicho e… confirma-se,
estava lá! Continuo a minha corridinha e, quando me encontro a 20 metros do
trio, um dos cachopos solta a “fera”. O que se seguiu foi, muito provavelmente,
tão traumático para mim como para os meus vizinhos. Sim, eu tenho pânico de
cães e faço o filme todo. Houve guinchos, berraria e tudo proporcional ao gigantismo
do cão.
Dicas para as pessoas que têm cães:
Nº1: existem pessoas, ainda que poucas (e que façam fitas um
tanto ou quanto ridículas) que têm medo, pânico e horror de cães por isso
parece-me de bom tom não deixarem os bichinhos soltos;
Nº2: se por acaso soltarem o cão e se cruzarem com uma
dessas pessoas… pois, não adianta dizerem “Ele não faz mal. Não morde a
ninguém. Só quer brincar!”. Brincar? Um boxer enorme quer brincar? E se eu não
quiser brincar? Têm medo de cobras, aranhas, ratos? Querem brincar com eles?
Nº3: se eu decidir ter um cavalo e passear com ele pela
cidade e, porque é chato e não me apetece, não apanhar os dejectos que ele
deixa pelo caminho… é um bocadinho aborrecido?
Eu assumo que detesto cães mas não lhes faço mal, não tenho qualquer
problema com as pessoas que os têm… desde que respeitem quem não tem.
Eu sei que podem achar o titulo a hipérbole do século mas,
para mim, soltarem um boxer que, provavelmente por eu estar a correr, vem
lançado a mim e dizerem-me “só quer brincar” é… grrrr um filme de terror! Vou tentar
ilustrar… imaginem que vivem num país onde o desemprego está no pico dos picos
e, a pessoa que governa esse país, decide dizer à malta que o desemprego é uma
oportunidade de vida. Pois, para a maioria dos desempregados há, de facto, uma
mudança. Um bilhete num TGV de cavalo para burro. O que é que apetece dizer ou
fazer ao governante? Eu vi um governante nos cachopos!
MJ.
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