12 de maio de 2012

Tentativa de (mais ou menos) homicídio


 
Estava MJ. à beira de uma overdose de terapêutica (está lá o “de” porque  terapêutica é mesmo uma cadeira… e daquelas!), quando constata que, depois de ter arrumado o armário, varrido a varanda, limpo a cozinha… lhe resta ir correr. Passaram-se 5 milissegundos até poder fazer concorrência às adolescentes que se cruzaram comigo, camarões autênticos pós diazinho refasteladas na Caparica. Ora, encontrava-me eu quase a chegar a casa e já a ver oásis por tudo quando era sítio, quando avisto dois cachopos e um boxer (tive que googalizar a raça do cão). Rapidamente, procuro uma trela, uma corda, qualquer coisa que prenda o bicho e… confirma-se, estava lá! Continuo a minha corridinha e, quando me encontro a 20 metros do trio, um dos cachopos solta a “fera”. O que se seguiu foi, muito provavelmente, tão traumático para mim como para os meus vizinhos. Sim, eu tenho pânico de cães e faço o filme todo. Houve guinchos, berraria e tudo proporcional ao gigantismo do cão. 


Dicas para as pessoas que têm cães:

Nº1: existem pessoas, ainda que poucas (e que façam fitas um tanto ou quanto ridículas) que têm medo, pânico e horror de cães por isso parece-me de bom tom não deixarem os bichinhos soltos;
Nº2: se por acaso soltarem o cão e se cruzarem com uma dessas pessoas… pois, não adianta dizerem “Ele não faz mal. Não morde a ninguém. Só quer brincar!”. Brincar? Um boxer enorme quer brincar? E se eu não quiser brincar? Têm medo de cobras, aranhas, ratos? Querem brincar com eles?
Nº3: se eu decidir ter um cavalo e passear com ele pela cidade e, porque é chato e não me apetece, não apanhar os dejectos que ele deixa pelo caminho… é um bocadinho aborrecido?

Eu assumo que detesto cães mas não lhes faço mal, não tenho qualquer problema com as pessoas que os têm… desde que respeitem quem não tem. 

Eu sei que podem achar o titulo a hipérbole do século mas, para mim, soltarem um boxer que, provavelmente por eu estar a correr, vem lançado a mim e dizerem-me “só quer brincar” é… grrrr um filme de terror! Vou tentar ilustrar… imaginem que vivem num país onde o desemprego está no pico dos picos e, a pessoa que governa esse país, decide dizer à malta que o desemprego é uma oportunidade de vida. Pois, para a maioria dos desempregados há, de facto, uma mudança. Um bilhete num TGV de cavalo para burro. O que é que apetece dizer ou fazer ao governante? Eu vi um governante nos cachopos!

MJ.

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