28 de novembro de 2011

No poupar é que está o… engenho!


Parece que o Natal se aproxima. Ok, não se aproxima assim tanto porque continua a faltar pouco menos de um mês, mas a julgar pelas decorações natalícias que as lojas apresentam eu diria é que é já amanhã. Com a chegada do Natal, as nossas televisões adoram três coisas: referir a capacidade solidária dos portugueses (mais uma recolha para o banco alimentar bem sucedida), fazer o máximo de “Natais dos Hospitais” possíveis e entrevistar pessoas nas ruas com o intuito de as ouvir dizer que este ano os presentes ficam em standby e que pretendem cortar em imensas coisas.

Pois bem, examinando a afluência às grandes superfícies comerciais, principalmente aos fins-de-semana, sou obrigada a concluir que a nossa economia vai de vento em popa. Acalmando os vossos pensamentos frenéticos, a desculpa “os centros comerciais estão cheios mas ninguém compra nada” a mim não me convence. A menos que vivam em cidades com uma rede de transportes aceitável ao fim-de-semana e que tenham passe, que vão logo a seguir ao almoço e regressem a casa antes do lanche e que, de preferência, se esqueçam da carteira em casa, alguma coisinha hão-de gastar. Para os que não cumprem estas opções, a gasolina paga-se, o bolinho, o cafezinho ou qualquer outra coisa que consumam também, ainda que acrescentem o sufixo –inho para parecer mais barato, e há sempre uma promoção, nem que seja mais um tupperware para se juntar às centenas que já temos e atafulhar ainda mais a prateleira (mas é tão cor-de-rosa e tão baratinho!).

Na minha família saber poupar sempre foi uma arte incentivada. É claro que também compro o meu “tupperware cor-de-rosa” de vez em quando, mas porque no final do mês me sobram sempre uns troquinhos. Para os meus leitores que pretendem que os seus rebentos sejam uns poupadores nota vinte, nesta casa as mesadas fixas e os cartões de débito foram remédio santo para as meninas aprenderem a gerir os seus rendimentos, que é como quem diz, o dinheiro que os papás lhes dão (sempre com o maravilhoso complemento dos avós… o chamado “bónus do bom comportamento”). Se tiverem filhos sabichões como a minha querida irmã, a medida pode demorar mais a implantar e podem ter que insistir várias vezes porque, sejamos sinceros, não ter uma mesada fixa e pedir dinheiro quando precisamos é bem mais vantajoso.

 Mas saltando para o tema inicial deste post, ou seja, o Natal, este ano decidimos implementar medidas excepcionais na mira da poupança natalícia. Vai haver bacalhau? Claro! E couves portuguesas cozidas? Obviamente! Então será que vamos cortar nas rabanadas (fatias douradas para os alfacinhas), nos sonhos de abóbora ou nas filhós? Isso seria impossível porque somos fãs de todas estas iguarias! No almoço de família deste domingo ficou decidido que vamos cortar no número de patêzinhos e saladinhas e entradinhas apetitosas das quais sobram sempre mais de metade e no número exagerado de sobremesas, porque o número aproxima-se sempre de uma por pessoa! Sinceramente, e porque cá em casa é tudo gente de muito alimento, prevejo já que toda a família se vai lançar ao bacalhau e ninguém vai dar pela falta das niquices, a não serem as contas bancárias dos fornecedores de alimentos. 




 Quanto aos presentes, também foram tomadas medidas de contenção. Este ano decidimos entrar no “mundo” do amigo secreto. Já fizemos um sorteio e cada um de nós dará um presente ao seu amiguinho. Estabelecemos as quantias máximas e mínimas a gastar… e tem sido uma animação. Criámos inclusive um grupo privado no facebook onde podemos deixar sugestões aos amigos secretos, pistas, “macacadas”… e já agora votamos a ementa natalícia. A nossa noite de Natal é sempre uma alegria e este ano promete! Não posso contar os planos que já fervilham por aqui, porque a maioria são surpresas e partidas, mas depois do Natal saberão. 



Acima de tudo, na minha opinião, cada família deve perceber qual o método de poupança em que mais se enquadra e inovar.


O Natal é muito mais do que presentes e banquetes. Sejam engenhosos e arrisquem pouco... "petiscando" imenso! 


MJ.

3 comentários:

  1. Se todos, a começar pelos políticos (que tão bem governam as suas casas, ao que parece, mas não as dos outros... sejam elas grandes ou pequenas, públicas ou privadas), tivéssemos aprendido, de novos, a poupar talvez a vida não fosse tão difícil para tantos!

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  2. DreamyGirl: Obrigado pela visita e espero continuar a ver-te por aqui :)

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