5 de janeiro de 2012

Isto há com cada uma!

Hoje vinha aqui apenas para dar os parabéns a uma certa e determinada pessoa mas, já que aqui estou, vou pedir a essa pessoa para aguardar um bocadinho e vou falar sobre um assunto que me apoquentou durante a maravilhosa viagem de autocarro do hospital até casa. A menina agora tem a mania que quer estar muito actualizada em termos de reportório musical e, por essa razão, aproveita as viagens para ouvir rádio. Ora hoje, qual não é o meu espanto, a locutora de rádio inicia toda uma dissertação sobre trabalho. “Meus caros ouvintes, a próxima música é para vocês que trabalharam todo o dia e que agora regressam a casa. Para os que ainda trabalham, força, eu estou solidária com vocês, pensem que deve estar quase a acabar e que além do mais é quinta-feira. E durante esta música parem, escondam-se num recanto e desfrutem-na!”. Esta ouvinte pode responder? Pode? Até vir para a faculdade vivia com duas pessoas que trabalhavam até tarde, que se dedicavam à sua profissão e que tentavam melhorar a cada dia, que eram capazes de falar sobre o dia cansativo que tiveram e contar as suas “aventuras” durante todo o jantar e que falavam disso com amor e orgulho. Todos os restantes exemplos dados por diferentes classes de trabalhadores da minha família e de diferentes áreas apontam no caminho do brio profissional. Assim sendo, eu acredito que, independentemente da profissão, e não excluo as pessoas que trabalham em algo que não gostam propriamente, é possível trabalhar e melhorar a cada dia, gostar ou aprender a gostar do que se faz e não passar a semana focado num objectivo: o fim-de-semana. Para mim as pessoas que trabalham não são mártires, não estão em sofrimento nem precisam que ninguém esteja solidário para com elas (salvo raríssimas excepções). Se eu já não achava piada a imagens a encherem o facebook sobre o facto de ser segunda ou sexta-feira, hoje foi a gota de água. Acho que o poder que os media, e esta rádio em particular, têm pode ser usado para muito mais do que a promoção da “cultura de não fazer nenhum”.
Ok... vou respirar fundo porque isto foi escrito a mil à hora! Agora coisinhas bem mais interessantes:



MJ.

4 comentários:

  1. Viva o blog de intervenção social e moral!!!
    Não é preciso acrescentar nada, está tudo aqui escrito e bem escrito. Assino por baixo. Muito bem MJ :)

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  2. Sérgio: Obrigadinho!!! :) smp atento!

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  3. Ora aqui está um post à medida da minha menina, onde se revela um pouco do seu código genético! Adorei! Realmente, neste país muitos terão de mudar a sua mentalidade; só assim poderão alterar hábitos e aquela forma de estar do "deixar andar..."! Se tal não acontecer (ou até assim, sei lá) vamos ao charco e não sei se, e como, nos iremos reerguer! Vamos acreditar...

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  4. JLL: Pois, há um traço genético bem marcado na minha personalidade... e eu toda contente com isso!!!

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